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Manchetes Insanas da Mídia de Massa (Fevereiro de 2025)


Nesta edição do MIDMM: Jusbrasil dando namoradas virtuais aos solteiros; Folha de São Paulo divorciando aves; jornalista Reinaldo Azevedo inventando o termo “extremistas de centro” e O Globo culpando o calor pelo aumento do preço dos ovos.

O consumo desenfreado de notícias, antes impulsionado pelo desejo de estar bem informado, tornou-se um ciclo vicioso que alimenta a ansiedade e a desinformação. As manchetes, em vez de refletir os fatos imparcialmente, tornaram-se cuidadosamente elaboradas para evocar emoções extremas, manipulando a percepção pública.

Dado esse cenário, é natural que haja uma necessidade de expor essas estratégias e demonstrar o quão longe da realidade essas manchetes podem estar. Coletar e analisar essas manchetes revela padrões recorrentes de manipulação, mostrando como certos tópicos são amplificados enquanto outros são estrategicamente ignorados.

Os Solteiros Estão Ferrados


Isso não é recente, mas ainda é altamente relevante. No ano passado, o advogado Omar Zanella postou sobre as uniões civis virtuais, uma nova forma de relacionamento estabelecida por meio de redes sociais, aplicativos de mensagens e videoconferências.

Embora o ordenamento jurídico brasileiro ainda não preveja expressamente essa modalidade, a jurisprudência tem reconhecido sua validade quando preenchidos os mesmos requisitos das uniões civis tradicionais.

Dito isto, cuidado com o “bom dia” que você responde no direct, você nunca sabe…

Racismo Climático


De acordo com a BBC News, eventos climáticos extremos não afetam a população uniformemente, mas afetam desproporcionalmente negros, pardos, idosos e mulheres.

Segundo a “pesquisa” conduzida pelo físico Djacinto Monteiro dos Santos, pardos, pretos e pessoas menos escolarizadas estariam entre os mais impactados, pois muitas vezes enfrentam maiores dificuldades socioeconômicas.

Você pode se perguntar: o que a falta de acesso a recursos adequados de adaptação faria a pretos, pardos ou idosos no calor? Nada. Um jovem branco sofrerá o mesmo calor sem ar condicionado em casa que um jovem negro da periferia que só tem ventilador. A precariedade das condições de vida não tem influência alguma no calor e é bizarro que a mídia de massa empurre essa narrativa.

De qualquer forma, o ministro Alexandre de Moraes deve estar dando agora ao sol um prazo de 72 horas para explicar esse racismo climático.

Divórcio de Aves, Mickey Gay e o Suspeito


Nos últimos anos, a cobertura da mídia sobre as mudanças climáticas tem se tornado cada vez mais exagerada e voltada para alimentar narrativas específicas. A manchete acima da Folha de São Paulo, que vincula as mudanças climáticas ao aumento de DIVÓRCIOS ENTRE PÁSSAROS, exemplifica esse padrão de reportagem absurda.

Estudos desse tipo, muitas vezes encomendados para reforçar agendas específicas, carecem de rigor científico e servem apenas para reforçar a ideia de que tudo no mundo está sendo moldado pelo aquecimento global.

Infelizmente, esta não foi a única manchete insana da Folha de São Paulo neste mês.

E lá vamos nós de novo — agora até o Mickey é gay.


Vejamos esta última manchete: um homem assassinou brutalmente a namorada, confessou o crime e ainda foi tratado como “suspeito” pela equipe de reportagem. Além disso, a polícia o liberou imediatamente após sua “apresentação espontânea”, como se essa ação minimizasse a gravidade do que havia sido feito.

O uso do termo “suspeito” em uma matéria que relata uma confissão explícita de assassinato expõe um problema recorrente no jornalismo brasileiro: a falta de precisão e coerência na escolha das palavras.

Se o indivíduo admitiu sua culpa, por que suavizar sua posição perante a lei? Essa escolha linguística influencia a opinião pública, criando a falsa impressão de que a responsabilidade pelo crime ainda está em aberto, quando, na verdade, o próprio autor já confirmou sua autoria.

Reinaldo Azevedo Inventando Termos


A insistência da mídia de massa em distorcer conceitos políticos para encaixá-los em certas narrativas levou a absurdos como o termo “extremistas de centro”. A expressão em si é uma contradição lógica: se alguém está no centro, por definição, não pode estar nos extremos. No entanto, em tempos em que as palavras são constantemente manipuladas para atender a interesses específicos, até o impossível vira manchete.

Esse tipo de distorção não é apenas um erro conceitual, mas uma estratégia para deslegitimar qualquer posição que não se encaixe na agenda da elite. Se o centro passa a ser visto como extremismo, significa que qualquer tentativa de equilíbrio ou moderação é rejeitada em favor de discursos cada vez mais radicais.

No entanto, o que esperar quando a lucidez se torna rara em Reinaldo Azevedo? Em seu desespero para moldar a realidade de acordo com sua conveniência, ele acaba recorrendo a termos sem sentido, na esperança de confundir as massas e consolidar a agenda de seus chefes. O problema não é apenas a falta de precisão no uso da linguagem, mas a falta de comprometimento com a verdade e com o próprio significado das palavras.

Coma Insetos


A repulsa humana por insetos é quase instintiva, uma resposta natural que nos alerta sobre perigos potenciais, como picadas venenosas, infecções e contaminação por sujeira. Baratas, em particular, evocam uma sensação de horror absoluto em muitas pessoas, pois estão associadas a ambientes insalubres e à transmissão de doenças.

Nos últimos anos, organizações como o Fórum Econômico Mundial estão promovendo a ideia de que insetos podem ser uma solução sustentável para o suprimento global de alimentos. Essa narrativa está sendo divulgada pela mídia, entretenimento e até mesmo pelo sistema educacional, com o objetivo de tornar o consumo de insetos aceitável — e até desejável — para as massas.

Enquanto algumas culturas ao redor do mundo já consomem insetos como parte de sua dieta tradicional, muitas outras consideram comer insetos uma abominação total. Se comer baratas e larvas fosse realmente a solução para os problemas do planeta, a elite seria a primeira a adotá-la. No entanto, o que estamos testemunhando é uma tentativa de impor essa mudança às massas, enquanto a elite continua a desfrutar de pratos requintados.

Então a insistência do O Globo em promover o consumo de grilos vai além da simples sustentabilidade. Um estudo de 2019 intitulado “Uma Avaliação Parasitológica de Insetos Comestíveis e seu Papel na Transmissão de Doenças Parasitárias a Humanos e Animais” já alertou sobre a presença de parasitas nos grilos e seu potencial de transmissão de doenças para humanos e animais:

Uma das espécies de insetos mais comumente usadas são: larvas de farinha (Tenebrio molitor), grilos domésticos (Acheta domesticus), baratas (Blattodea) e gafanhotos migratórios (Locusta migrans). Neste contexto, a questão insondável é o papel dos insetos comestíveis na transmissão de doenças parasitárias que podem causar perdas significativas em sua reprodução e podem representar uma ameaça para humanos e animais. O material experimental compreendeu amostras de insetos vivos (imagines) de 300 fazendas domésticas e lojas de animais, incluindo 75 fazendas de larvas de farinha, 75 fazendas de grilos domésticos, 75 fazendas de baratas sibilantes de Madagascar e 75 fazendas de gafanhotos migratórios. Parasitas foram detectados em 244 (81,33%) de 300 (100%) fazendas de insetos examinadas. Em 206 (68,67%) dos casos, os parasitas identificados eram patogênicos apenas para insetos; em 106 (35,33%) casos, os parasitas eram potencialmente parasitários para animais; e em 91 (30,33%) casos, os parasitas eram potencialmente patogênicos para humanos. Insetos comestíveis são um reservatório subestimado de parasitas humanos e animais

Os dados alarmantes revelados pelo estudo indicam que cerca de 30% dos insetos cultivados analisados ​​(incluindo grilos) estavam contaminados com parasitas prejudiciais à saúde humana, com impactos especialmente severos nos intestinos e pulmões.

Dito isso, aqui está uma manchete do Portal Potiguar também tentando empurrar algo que você não quer comer.

Não pesquise sobre o Holodomor.

É Culpa do Calor ou não?


Leia as manchetes acima. Em um momento, o calor é o principal responsável pelo aumento do preço dos ovos; em outro, o mesmo calor é apontado como o fator que fez os preços caírem.

Como um mesmo fenômeno climático pode causar efeitos opostos em tão pouco tempo? A resposta para essa incoerência não parece estar na meteorologia, mas sim na necessidade constante de criar justificativas convenientes para questões econômicas que, curiosamente, nunca afetam as decisões governamentais.

Essa tática de culpar fatores externos e incontroláveis ​​pelo aumento dos preços é um velho truque da mídia para desviar a atenção da real raiz do problema. Em vez de questionar políticas econômicas equivocadas da elite que controla o governo, a mídia prefere apontar o clima, pandemias, guerras distantes ou qualquer outro evento que possa servir de cortina de fumaça.

No caso dos ovos, a contradição é óbvia porque a mesma justificativa já foi usada para defender posições opostas. Se o calor ora encarece o produto, ora barateia, então a explicação não passa de um pretexto conveniente e adaptado à agenda do momento.

O que realmente está acontecendo aqui? Uma agenda nefasta de manipulação ou apenas preguiça intelectual? Talvez um pouco dos dois. O problema não é apenas a inconsistência das manchetes, mas a crença de que as massas aceitarão qualquer justificativa sem questionar. No entanto, à medida que essas contradições se tornam mais evidentes, a credibilidade dos meios de comunicação também se corrói.

Espero que tenham gostado de mais uma edição do Manchetes Insanas do mês! Sintam-se à vontade para compartilhar suas opiniões e sugestões nos comentários, pois estou sempre procurando melhorar o formato nos próximos meses.

Se você se deparar com uma manchete insana, por favor, envie-a por e-mail: dunaijunior@hotmail.com

Um agradecimento especial a todos que enviaram manchetes!


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