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O Significado Oculto do Filme “O Castelo Animado”


“O Castelo Animado” é um popular filme de animação japonês lançado em 2004. Embora pareça ser direcionado a um público jovem, o simbolismo do filme revela uma história oculta: a romantização da bruxaria e o relativismo moral tão prevalentes na mídia atualmente. Aqui está uma análise do pseudo-luciferianismo apresentado em “O Castelo Animado”.

Aviso: spoilers gigantescos à frente!

“O Castelo Animado” é um filme de animação de 2004, escrito e dirigido por Hayao Miyazaki e produzido pelo Studio Ghibli. À primeira vista, a história parece um conto inocente de amor e fantasia, mas com grandes doses de referências esotéricas que levam o espectador a se perguntar se há algo mais por trás disso. Talvez o encanto do filme resida justamente nessa dualidade — um tema bastante presente ao longo da animação.

De fato, “O Castelo Animado” acompanha a jornada de iniciação oculta de uma jovem que se descobre e desenvolve seu poder interior no submundo da bruxaria. No entanto, nada disso é explicitado. Miyazaki é conhecido por fazer filmes que se comunicam através de símbolos, arquétipos e imagens carregadas de misticismo, incluindo uma forte influência de xintoísmo e pseudo-luciferianismo.

Assim, ao longo da trama, percebemos que não se trata de uma simples animação romântica, mas sim de uma relação literal entre uma jovem e seu demônio. Aqui está uma análise das mensagens presentes neste filme.

Sophie

No início do filme, somos apresentados a um reino que mistura magia e tecnologia do início do século XX onde mora Sophie Hatter, uma jovem de 18 anos que trabalha diligentemente na chapelaria de sua falecida mãe na cidade de Market Chipping.

Em alguns aspectos, Sophie é como uma senhora idosa. Ela não tem interesse na vida, costura chapéus e todos os dias são monótonos. A cabeça de manequim sem rosto nesta cena simboliza a própria Sophie, que ainda não encontrou seu propósito.

O fato de Sophie trabalhar em uma chapelaria é significativo, considerando que no filme o cabelo simboliza a alma. Enquanto a jovem leva uma vida simples fazendo chapéus (a proteção do cabelo), sua alma permanece protegida de influências externas. Esse simbolismo logo virá à tona mais adiante.

Em certo momento, Sophie é assediada por dois soldados na rua.

Enquanto aviões de guerra sobrevoam o céu, esses dois idiotas estão tentando se divertir com “ratinhas”.

Então, este misterioso cara loiro aparece e usa magia para afastar os soldados de Sophie.

Nesta cena, este cara é o único personagem que não usa chapéu, uma forma do filme nos dizer que ele não é uma pessoa comum da região. Além disso, ele também veste um casaco com um padrão dualista, indicando que tem acesso tanto ao mundo terreno quanto ao mundo espiritual. De fato, pouco depois, é revelado que ele não é apenas um importante mago chamado Howl, mas também um demônio.

Depois de ser resgatada, Sophie fica aparentemente apaixonada por Howl, mesmo tendo o visto apenas uma vez. Isso provoca a ira da Bruxa do Deserto, uma poderosa feiticeira ciumenta da atenção que Howl recebe.

Antes de ser amaldiçoada pela Bruxa do Deserto, Sophie tira o chapéu. Ela deixou sua alma desprotegida para o que estava por vir.

A Bruxa do Deserto lança um feitiço e transforma Sophie em uma mulher de 90 anos, impedindo-a de revelar a maldição a outras pessoas. O filme então começa a retratar o feitiço como um mal necessário que permitiu Sophie descobrir quem ela realmente é.

Descobrindo o Mundo Espiritual

Desanimada e isolada, Sophie sai de casa e caminha em direção às colinas áridas.

Ao ser avisada de que está se dirigindo para o território das bruxas e feiticeiros, Sophie ignora o aviso e continua caminhando.

No caminho, Sophie se assusta com o espantalho Cabeça de Nabo. Embora esteja em uma pose típica de espantalho, ao dizer que ele “não está mais de cabeça para baixo”, o filme faz uma referência óbvia à cruz invertida — o principal símbolo do satanismo. Spoiler: mais tarde, ele volta a ficar de cabeça para baixo.

Sophie logo encontra o Castelo Animado de Howl, que é basicamente uma enorme fortaleza ambulante sobre pernas mecânicas semelhantes às de uma galinha.

Ao entrar no castelo, Sophie descobre que a fortaleza é alimentada por Calcifer, um demônio fofo preso em uma lareira.

O fato de um dos personagens principais se chamar Calcifer é uma das muitas pistas que aponta para a base filosófica do filme. O nome Calcifer deriva de Lúcifer, que significa “portador da luz” em latim e é considerado pelos luciferianos como aquele que trouxe o conhecimento divino aos humanos após ser expulso do céu por Deus. Nos círculos luciferianos, Lúcifer é visto como um “salvador” que deu aos humanos o conhecimento necessário para ascender à divindade. No filme, Calcifer é um demônio fofo e engraçado, constantemente retratado com olhos esbugalhados e oprimido por estar preso na lareira do castelo.

De forma apropriada, Sophie faz um acordo com Calcifer: ela quebrará o contrato que o prende a Howl se ele se esforçar para quebrar a maldição que a envelheceu. Ela assume o papel de faxineira, faz amizade com o jovem aprendiz de Howl, Markl, e conhece Howl, que a aceita como membro da equipe da casa.

Em meio a uma guerra entre reinos aliados após o desaparecimento de um príncipe herdeiro, os feitiços de Howl são solicitados por diversos políticos. Seria essa uma mensagem do filme sobre a elite política da vida real?

Além de descobrir um portal no castelo, que se conecta a vários locais através de padrões coloridos, Sophie também explora a fortaleza.

Enquanto Sophie se deixa cativar pelo castelo que se move com o impulso de Calcifer, o pano que cobre sua cabeça voa. Mais uma vez, o simbolismo do cabelo/alma desprotegida.

Para deixar bem claro que a questão do cabelo é metafísica, Howl (que frequentemente tem uma aparência andrógina) começa a se desintegrar quando lança o feitiço errado em seu cabelo.

Apesar de suas ações impulsivas, egoístas e até covardes ao longo do filme, Howl é retratado como um herói. Além disso, ele também apresenta fortes tendências metrossexuais e narcisistas. Essa narrativa faz parte de uma agenda promovida pela mídia de massa que dilui os valores absolutos do certo e do errado, e até mesmo os conceitos mais simples da vida, como gênero.

O quarto de Howl é um caos simbólico puro. Neste print, podemos ver alguns sinais do um olho, máscaras com chifres e serpentes.

Disfarçada de mãe de Howl, Sophie se infiltra no palácio de Suliman em busca de alívio para a maldição, escoltando inadvertidamente a Bruxa das Terras Desoladas, cujos poderes Suliman remove. Mais tarde, Suliman revela visões das mutações de Howl induzidas pela guerra, transformando-o em uma besta-pássaro destrutiva, o que leva Sophie a invocá-lo.

Enquanto isso, Howl causa destruição em sua forma aviária, devastando os jardins do palácio antes de escapar com o grupo, que agora inclui a bruxa enfraquecida.

Cedendo ao mal

Nesta cena importante, Calcifer pega uma mecha do cabelo de Sophie. Isso simboliza de forma eficaz a venda da alma dela.

Causada pelos ataques impiedosos dos pássaros, a crescente corrupção de Howl alarma Sophie, que deduz que seu órgão vital reside dentro de Calcifer.

Sophie presencia um flashback da infância de Howl, incluindo a queda de Calcifer na Terra como uma estrela cadente.

Como você deve saber, Lúcifer também foi expulso e caiu do céu. Segundo a filosofia luciferiana, ele se exilou por indignação moral contra o demiurgo opressor Deus e trouxe o fogo e a luz (representando o conhecimento divino) para os humanos em dificuldades. O filme aponta diretamente para isso quando revela que Howl entregou seu coração a Calcifer em troca de imenso poder.

No final do filme, Sophie devolve o coração de Howl ao seu peito, rompendo o vínculo com Calcifer. Além disso, o espantalho Cabeça de Nabo é revelado como o príncipe cujo retorno põe fim à guerra. Além disso, Sophie e Howl se beijam. Final feliz?

Uma das cenas finais mostra Sophie agradecendo e beijando Calcifer. Tudo está bem. Obrigado, Lúcifer.

Conclusão

À primeira vista, “O Castelo Animado” parece uma fábula sobre o poder do amor e da esperança em tempos de guerra. No entanto, por trás da atmosfera acolhedora típica do Studio Ghibli, as imagens e o contexto geral revelam a história da iniciação oculta de uma jovem, com toques de pseudo-luciferianismo.

Toda a jornada de Sophie gira em torno de um feitiço e de como ela tenta quebrá-lo através de outros feitiços. A cada passo, ela afunda mais fundo no submundo da bruxaria, chegando a entregar seu cabelo/alma e tornando-se dependente de Calcifer, um demônio que domina o coração de Howl. No final, parece que todos foram libertados, mas a verdade é que ainda precisam prestar louvores a Calcifer.

Com toda a sua estética delicada, o filme promove a filosofia espiritual da elite. É a arte sendo usada como meio de doutrinação. Como tantas outras produções da mídia de massa, “O Castelo Animado” se comunica por meio de símbolos e subtextos. Somente quem “protege o cabelo” consegue realmente entender o que está sendo mostrado.


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